terça-feira, março 31, 2009

Terminus

Porque ninguém escreve no blog?
O que se passa?
A Janeca deve andar ocupada com o seu mais novo rebento e a sua nova mansão!
A Candy anda desligada!
O Whisky deve estar nas ruas da amargura, com esta crise, não deve andar a ter saída!
O Carioca ainda vai dando o ar da sua graça!
Quanto à Lala, nunca percebi e nunca vou perceber o que se passa... o que se passou!
Com este andar o melhor é fechar as portas!

sexta-feira, março 27, 2009

Família Alargada

Era este o conceito que a minha avó e os meus pais tinham de Família. No Natal e nas férias de Verão era ver tios, primos, sobrinhos, netos, amigos, tudo junto lá em casa . Chegámos a ser mais de cinquenta! Havia lugar para todos: camas feitas no chão da sala de estar, da sala de jantar, dos corredores, dos vários quartos. Bastava tocar à campainha e dizer ao que vinha. “Onde cabem/comem três… cabem/comem os que aparecerem!”. Era o lema da minha avó e dos meus pais. Venham mais cinco do Zeca, em versão familiar. Jogava-se a tudo e de tudo se fazia um jogo, falava-se de tudo e tudo era motivo de conversa. As palavras bailavam ao som da Liberdade. A casa não era a casa, mas sim um território livre. Libertado.. Uma festa que durava até às tantas.
Os Mokemka também trouxeram esse conceito de África. Basta estar presente no Natal e nas férias para perceber que há sempre lugar para mais um, dois ou três… Uma espécie de Venham mais cinco do Zeca em versão familiar. Joga-se de tudo e de tudo se faz um jogo, fala-se de tudo e tudo é motivo de conversa. A Liberdade anda por ali. Livremente, agora sem medo. A festa dura até às tantas.
Mais um principio solidário que nos une.
Connosco, a tradição ainda é o que era!
Tu sabes: basta tocar à campainha.
Soyez les bienvenu!

terça-feira, março 24, 2009

Pensamento do dia

"Irei mais depressa ganhar o Euromilhões numa só oportunidade do que um concurso das Selecções Reader's Digest que chegam todas as semanas pelo correio."


Em memória de Daniel A.O. 1983 - 2078

quarta-feira, março 18, 2009

Troca de emails, que merecem a publicação!

Eu:
Recebi agora um mail que me deixou em estado de choque, não sei o que fazer!
Sinto-me dividida, não sei com quem a Leonor dever passar esse dia!
O mail vem das Sapatarias Coutinho e diz: Celebre o Dia do Pai com as Sapatarias Coutinho!
Ficas aborrecido se nós formos jantar com as Sapatarias Coutinho? Queres vir connosco?

Carlota e Leonor

Zeca:
Acho muito bem! Sapatarias Coutinho é uma família muito distinta. Sapatarias por parte da mãe a conhecida família Teresinha Sapatarias. Coutinho por parte do pai, A família paterna tem ascendência francesa. Sapatos Charles eram uma família abastada e afamada do inicio da segunda metade do século XX. O conde Botim Charles viveu, refugiado politico, em Cascais e era um senhor respeitado e conhecido das grandes festas que na altura se realizaram. Na festa do s Patiño ganhou fama ao efectuar um strep tease que ficou conhecido nas noitews daquela cosmopolita cidade portuguesa como o da “Sapateira”.
Já o mesmo não poderá dizer da sua irmã Botilde que foi a fundadora de um bordel situada na vila de S.João do Estoril. Curioso o nome do prostíbulo:”Chinela, todo dentro dela”.
Por isso , não só podem, como devem aceitar o convite dessa família.
Jozeca

segunda-feira, março 16, 2009

MAS AS CRIANÇAS, SENHOR!

Na semana passada uma história trágica assombrou o imaginário dos pais portugueses: um jovem pai esqueceu-se do filho, bebé, dentro do carro durante umas horas. A criança veio a falecer.
Muitas explicações se procuraram. Psicólogos, pedopsiquiatras, mães e pais, senso comum.
Em muitas delas não era visível, o sofrimento que aquele pai atravessou, atravessa e atravessará. Em muitas delas se esqueceu que muitos de nós, diariamente, nos esquecemos dos nossos filhos. Seja porque consideramos o nosso trabalho muito importante, e deixamos as crianças à nossa espera nos infantários, nas escolas. Seja porque temos a cabeça ocupada com problemas, nosso e dos outros, e esquecemos as crianças. Seja porque não temos disposição para os pequenos acontecimentos vividos por elas. Seja por uma disfuncionalidade qualquer. Seja porque não estamos preparados para as funções parentais .
Mas as crianças Senhor, porque lhes dais tanta dor…
A dor dos pais daquele bebé, a culpa que irão carregar durante a vida… Será que alguma instituição está a dar apoio psicológico a estes pais?
Quem atira a primeira pedra?

quinta-feira, março 12, 2009

Primavera

Já cheira a Primavera! Ou melhor as temperaturas são de Verão!
Iupiiiiiii!

quarta-feira, março 11, 2009

BD

2ª Grande Guerra Mundial retratada em rascunho de bd por Angus Mcleod

Para ver aqui

quarta-feira, março 04, 2009

GENTE FELIZ SEM LÁGRIMAS

A vista a Moçambique decorreu sem surpresas. Assinou-se o que se pretendia assinar, visitou-se o que estava programado, estabeleceram-se relações e a cooperação saiu reforçada como era previsível.
Fica agora um imenso futuro para comprovar o que se fez na prática. Parece-me ser o que os moçambicanos mais querem: pragmatismo, realizações no concreto, coisas visíveis. Não mais protocolos de coisas ocos, vazias, genéricas!
É a convicção que trago comigo. Uma das… Outra é a evidência que é um país com imensas assimetrias, sem se perceber como fazer para as combater. Mais uma, pessoal: um povo pobre, mas feliz. Feliz por ser um país independente, dono do seu destino, capaz de mover montanhas para realizar o futuro.. Um povo cheio de vontade de dar e receber. Ou melhor uma federação de povos, unidos na capacidade identitária de querer construir a realidade. De a transformar. Com ajudas concretas se possível. Sem turismo politico, de cooperação, de saudade ou outro.. Isso há para lá muito. Demasiado na minha opinião.
Fiquei com uma vontade imensa de lá voltar. Se não tivesse compromissos, voltava. De preferência para arregaçar as mangas e escrever sobre os olhos dos miúdos que não pedem esmola, mas lembrança para comprar caderno para a escola. Sobre a dignidade dos miúdos que não esquecem a holandesa que os ensinou a ler, a escrever, que lhes dava cadernos e outro material escolar. Sobre as “catorzinhas” e a troca do corpo para um conforto. Do combate desigual contra a SIDA, a cólera, o paludismo, a fome, a xenofobia…
Hei-de voltar um dia, e contar ao Mundo que os portugueses continuam a descobrir, e a dar a conhecer, outros mundos ao mundo. Agora independentes, sedentos de conhecimento, desenvolvimento.
Indignar-me quando alguém quiser pôr a imigração, a fome, a pobreza, do lado da segurança. DESENVOLVIMENTO!!!
Nessa altura farei questão de ter a ilha de Moçambique à distância de um olhar. Sempre!. E de levar livros de Mia Couto, o inventor da língua moçambicana. O encantador de serpentes, domador de leões, que nos deixa imaginar África.
Levarei os meus sogros que ficaram com os olhos de duas crianças quando viram as fotografias. Ansiosos por identificar pontos de referência. Sem saudades “daquele” tempo. A família Mokemka é de lá: do sonho, dos grandes espaços, da planície sem fim, do calor húmido quesecolaàpele, da coragem de começar do zero sem pedinchar, com dignidade!
Sim meu sogro, encontrei o leão. Que me falou da vontade em estar consigo. E da certeza que tem que o senhor também gostaria de estar com ele.
Coisas do mais velho!

segunda-feira, março 02, 2009