quarta-feira, outubro 12, 2005

Hoje

não é dia. Hoje não é nada. Zanguei-me com o puto logo de manha. Ás vezes esqueço-me que também sei ter calma, que também sei ser doce. Ás vezes esqueço-me que ele gosta de companhia ao pequeno-almoço, esqueço-me que nem sempre posso. Ás vezes apetece-me voltar atrás, voltar e não dar aquela palmada que me doeu. Voltar e não ver aquelas lágrimas, e não ouvir que sou má. Eu não sou má, pois não? Esqueço-me que só tem 4 anos, que tem mau acordar. Mas eu também tenho mau acordar. Assutou-me ontem, vomitou um bocadinho, vomitei-me de dor, a lembrar o que já passou, dos dois dias sem comer, da água que entrava e saía logo a seguir. Não quero mais viroses, nele não. Quando ele quer também é doce. Ontem ao disser que gostava da companhia dele, recusou o passeio com o pai, e ficou comigo. Espero, espero por uma casa maior, espero pelo espaço dele, onde já pode ter caixas de legos, as quais que pede quase todos os dias. Espero por fraldas descartáveis secas, para lhe dar o castelo e o estádio de futebol. Espero não perder a calma outra vez.

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