MAS AS CRIANÇAS, SENHOR!
Na semana passada uma história trágica assombrou o imaginário dos pais portugueses: um jovem pai esqueceu-se do filho, bebé, dentro do carro durante umas horas. A criança veio a falecer.
Muitas explicações se procuraram. Psicólogos, pedopsiquiatras, mães e pais, senso comum.
Em muitas delas não era visível, o sofrimento que aquele pai atravessou, atravessa e atravessará. Em muitas delas se esqueceu que muitos de nós, diariamente, nos esquecemos dos nossos filhos. Seja porque consideramos o nosso trabalho muito importante, e deixamos as crianças à nossa espera nos infantários, nas escolas. Seja porque temos a cabeça ocupada com problemas, nosso e dos outros, e esquecemos as crianças. Seja porque não temos disposição para os pequenos acontecimentos vividos por elas. Seja por uma disfuncionalidade qualquer. Seja porque não estamos preparados para as funções parentais .
Mas as crianças Senhor, porque lhes dais tanta dor…
A dor dos pais daquele bebé, a culpa que irão carregar durante a vida… Será que alguma instituição está a dar apoio psicológico a estes pais?
Quem atira a primeira pedra?
2 comentários:
Pois é um assunto muito delicado, e para o qual não sei bem o que pensar.
Eu não atiro a primeira pedra ....
a DOR...a DOR...
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