PAMPI
Irene, é uma africana de mais de 50 anos de idade. Criou o João Francisco desde os três meses. Em Angola. Baptizou-o de Pampi. Lá sabe porquê.
Depois de um abandono atribulado de terras africanas, para Portugal, assentou raízes numa pequena cidade do Centro - Litoral. Foi lá que Pampi passou dos momentos mais difíceis, que, julgo, se podem passar. Um local que, para Pampi, foi a fronteira entre a permissão e a perdição. Irene lá estava. O mais Velho e a Senhora também.
Agora, anos depois, Pampi tem dois filhos. Lindos. A Irene lá está, sempre pronta a cuidar deles, a deixá-los navegar ( navegar é preciso…), a deixá-los atracarem.
Quando olho para ela, penso no caso Esmeralda, nos pais biológicos e afectivos.
A Irene? Bom, a Irene, naquele linguajar tão característico dos angolanos, à frente do Mais Velho e da Senhora garante”—O Pampi é meu! Fui eu que o criei! Por ele vou ao fim do mundo!”.
Num poema, que alguém um dia lhe fará, Irene rima com Mamã, ué!
1 comentário:
Ele há coisas ....shuif ... snif ...
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