Ora Bolas!
São conhecidas como berliner na Alemanha. A diferença está no creme: a alemã é recheada com frutos vermelhos.
Claro que me refiro à bola de Berlim. Com creme ou sem creme.
“ Boooolinha, olhá bolinha, com creme ou sem creme” era o grito de guerra. Declarada a toda a gente que tivesse um euro e se quisesse lambuzar com açúcar, creme e areia. Ultimamente mais com sotaque brasileiro. Qualquer coisa parecida com “ Booooolinha, olhá bolinha, com cremi ou sem cremi”. A ideia era iniciar a Princesa no pecado da gula. Tentar com que ela comesse uma pequena parcela de uma bola de Berlim. Com creme, claro. Era uma espécie de iniciação à seita secreta dos gulosos.
Qual não foi o meu espanto quando me apercebi que não, não havia creme para ninguém. A ASAE, essa policia castradora de pequenos vícios privados, tinha proibido a sua venda. Defesa da saúde pública? E se fossem dar uma curva, e nos deixassem matar o bicho com uma bola de Berlim com creme? Será que os apoios de praia defendem melhor a saúde pública que as dezenas de vendedores e vendedeiras que percorrem quilómetros de praia? Quantas gerações deram o passo iniciático de trincar uma bola de Berlim com creme?
Por mim vou continuar a preferir dar um mergulho, estender – me na toalha e comer uma bola de Berlim cheia de areia e de açúcar.
Com creme claro!
Para a minha filha Leonor, vou descobrir a receita, fazer umas dezenas de Bolas de Berlim com creme,: Depois irei buscar areia a uma praia da Linha, e está tudo pronto para que ela se possa iniciar.
2 comentários:
Eu também quero "Bolinhaaaa" na praia...não há nada que saiba tão bem...a seguir à sesta!
E agora?
Deviam vender clandestinamente!
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