Ao N.A. filho da mãe com o nó na garganta
Tempos em que eras meu. Tempos em que te dava banho ao fim do dia, e riamos os dois, do frio que não tinhas, da sopa que te dava e sempre a fechar com dois danoninhos (eras um valente, comias tudo). Tempos em que onde eu ia tu também ias, das jardineiras vermelhas e dos sapatinhos de mola. Dos teus caracóis que eu não queria que te cortassem, da chucha que rebentou e que choraste, choraste muito, e ninguém me deixou consolar-te. Tempos em que te punha de castigo no canto da cozinha, e tu menino obediente, lá ficavas sentado à espera que te mandasse sair. Tempos dos miminhos nas tuas bochechas gordas. Tempos, que alguém perdeu para mim. Ajudei-te a começar a andar e no Domingo, contigo atrás de mim, é que percebi que tinhas crescido muito. A tua voz mudou.
1 comentário:
Este título só se percebe o verdadeiro sentido quando se lê o comentário da Janeca.
Ao princípio pensei que estava a chamar Filho da Mãe à crianças!!!!
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