sexta-feira, julho 31, 2009

Fiat 500






O meu novo carro!

Olhó Passarinho 6



A foto tem 40 anos. Woodstock, assim ficou o conhecido o Festival. Peace and Love, Make Love Not War, a marca do movimento hippiie. Os dias foram 15 a 18 de Agosto de 1969. Contra a guerra do Vietnam, a favor do amor livre. Quinhentos mil estiveram presentes num fim de semana chuvoso e que transformou o local num imenso lodaçal, sem condições de higiene ou sanitárias. Cheios de lama, de droga (1 morto por overdose) ouviram Ravi Shankar, Melanie, Joan Baez (grávida),Janis Joplin, Grateful Dead, Santana, Creedence Clearwater Revival, The Who, Jefferson Airplane, Joe Cocker, Ten Years After, Crosby, Stills, Nash and Young, Blood Sewat and Tears, Jimi Hendrix, alguns dos grupos que actuaram para meio milhão de pessoas.
Festival da contracultura, uma das glórias da minha adolescência.
Um acontecimento que marcou o mundo e que passou quase despercebido em Portugal.
Procurem a Rádio Woodstock/RTP, ouçam, compreendam o que se estava a passar no Mundo.
Agora, de repente, DESLIGUEM!
… Passaram a ouvir o Portugal de 69, o orgulhosamente Sós com S de Salazar, de Solidão, de Silêncio.

quinta-feira, julho 30, 2009

Peter Evans Quartet



Já tenho dois bilhetes para dia 8 de Agosto no anfiteatro da Fundação Calouste Gulbenkian. Alguém quer ir???

quarta-feira, julho 29, 2009

Votem em mim por este site
http://www.fanwalk.tv/o_ornela .. cliquem no rectângulo 'Partir para Berlim!'

Diálogo de surdos

Hora de jantar.
O pai acaba o seu jantar e a filha senta-se ao colo para fazer um puzzle.

Nônô - Pai experimenta
Pai - (...silêncio! estava a ver TV)
Nônô - Anda Zé, experimenta!
Pai - continua o silêncio
Nônô - VÁ MENINO ZÉ, EXPERIMENTA!
...
Aparece a mãe
- Ó Zé não ouves a miúda?
Nônô - Sim pai, não ouves?
Pai - Sim, estou a experimentar!

sexta-feira, julho 24, 2009

Olhó passarinho 5

” A Branquinha foi presa! A Branquinha foi presa!”, dizia com os olhos esbugalhados, parecia uma boga, o João Pedro.
O cabo do mar tinha sido chamado à praia. “Que sem vergonha! Que indecente! As filhas não podem ver isto. E você não faz nada?” teria dito a mulher do Coronel Barbosa ao próprio.
O coitado do Coronel, não sabia o que fazer: por um lado babava-se todo com a presença da jovem, por outro lado a Moral e os Bons Costumes impunham uma decisão. Mas o reduzido biquini, o recheio e o ar provocante da Branquinha… Meu Deus que dilema.
Decisiva, foi a chegada à praia, de um conhecido dirigente da PIDE/DGS. “Acaba-se já com a falta de vergonha. Chame-se o Cabo do Mar!”.
A tranquilidade e a paz chegaram aquelas famílias quando a autoridade marítima levou a Branquinha para o posto, a repreenderam e obrigaram - na a usar um fato de banho completo.
Nós ficámos indignados : aproveitámos uma tarde de nortada, fizemos da barraca do PIDE baliza e bombardeámos o merdoso com remates à Eusébio.
A Revolução tinha começado

quinta-feira, julho 23, 2009

Olhó passarinho 4

Agostinho “Caralhô”.Joaquim Agostinho a quem o L´Équipe, jornal desportivo francês, terá acrescentado o apelido “Caralhô”, é o nome.
“Segundo reza a lenda”, os emigrantes portugueses esperavam horas à beira da estrada para verem passar Joaquim Agostinho. Quando ele passava os incentivos eram muitos: desde o empurrão na bicicleta, à água, à mangueirada, até ao português “Anda caralho!”
Foram tantas as vezes que o disseram, que o L´Équipe terá feito uma primeira página com o titulo, a toda a largura: “Agostinho Caralhô”.
Vem isto a propósito de, há 30 anos, na Volta à França em bicicleta, Joaquim Agostinho ter subido os Alpes com uma perna às costas e ganho a mítica etapa Alpe d´Huez.
Digo-vos mais, se o L´Équipe não fez a primeira página devia ter feito: mereciam os emigrantes portugueses, merecia o Joaquim Agostinho, caralho!

terça-feira, julho 21, 2009

Olhó passarinho 3

Branquinha, era o nome. Morena, a pele. Reduzido, o biquini. Grande, a nossa atenção.
Amiga das manas mais velhas, cursava Direito e surgia na praia à uma da tarde.
Nessa altura, começava o reboliço: “Está a chegar, está a chegar!”, dizia o agitado Zé Tó.
Com as toalhas apontadas, deitávamo-nos de barriga para baixo.
Silêncio total, rubor intenso, enorme cumplicidade. Tudo em crescendo.
No Verão de 1969, o despertar da sexualidade estava a banhos.

Olhó passarinho 2

A tasca do Lucas era o ponto de encontro da malta. Comprava-se tabaco avulso(Porto, Ritz, Provisórios e Definitivos), Comiam-se umas sandes de atum, cheias de óleo, abatidas por cerveja ou pelo copo de 3. E conversava-se. Sobre os livros do O´Neill, Virgilio Ferreira, Namora, da Sophia… Sobre a Guerra, a Paz, a Democracia e a Liberdade. E sobre as miúdas. Claro!!! Elas estavam no outro Liceu, a mais de um quilómetro. Mas a malta conseguia vê-las! Bastava fechar os olhos… e lá estavam elas. Luisinha, Carminho, Patica, Rosarinho, Teresa, Manuela, Paulinha, Tarecas, Guga… Eram 20 curtos minutos de intervalo. Abundantes em literatura e … saias. Ah, o que a maralha sonhava!!!
As aulas podiam recomeçar!

domingo, julho 19, 2009

Antes tarde que nunca...


Shizo Kanakuri desapareceu durante os jogos olímpicos de 1912 em Estocolmo. Foi dado como desaparecido durante 50 anos até que um jornalista encontrou vivo da silva na sua cidade no Japão.

Durante a tarde quente que corria, Shizo não aguentou e parou numa festa que acontecia num jardim no meio da cidade para beber sumo de laranja, e acabou por ficar uma hora, depois correu para o hotel, apanhou o avião e foi para Japão com tanta vergonha que tinha de ter que dizer que tinha desistido.

Em 1966 Shizo aceitou um convite para acabar a corrida pelo comité olímpico da Suécia. O seu tempo de corrida foi 54 anos, 8 meses, 6 dias, 8 horas, 32 minutos e 20.3 segundos. Seguramente um recorde que nunca irá ser batido.